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domingo, 11 de novembro de 2012

Além da Alfabetização



A alfabetização na idade certa, programa que acaba de ser  lançado pelo Governo Federal apresenta alguns pontos positivos, mas há que se avaliar com cautela, não só os caminhos, mas os resultados disso na prática.
A alfabetização é um processo “quase” natural do ser humano. Ele se inicia muito antes do período escolar, e envolve bem mais que a escola.
Como não podemos dissociar os vários aspectos que envolvem a criança, como biológico, orgânico, social, psicológico e intelectual, também não podemos atribuir uma única razão para a não-alfabetização ao final do primeiro ano do Ensino Fundamental, que é na verdade a idade certa para que ocorra a alfabetização.
Crianças bem nutridas, amadas, biologicamente “normais” e que são estimuladas pela família desde cedo, tendem se alfabetizar por volta dos seis anos. O mesmo não ocorre quando um ou mais fatores deixam de atuar.
Considerar que o aumento das verbas para os municípios ou premiação fará com que os alunos estejam alfabetizados ao final do 3º ano do Ensino Fundamental, ou seja, aos oito anos de idade, é desconsiderar o processo pelo qual a criança passa até se alfabetizar.
Nos últimos tempos, a escola tem assumido cada vez mais, um papel que não lhe compete: o de substituta da família. Como a família não deve tomar para si a tarefa de ensinar formalmente os códigos lingüísticos e de matemática, a escola não deve também exercer o papel típico de família. Essa inversão de funções por parte da escola está isentando a família da responsabilidade de ser “família”. Cabe a ela, os cuidados, a nutrição, a atenção, a organização social, a responsabilidade, a transmissão de seus conceitos de ética e moral e a autoridade sobre o menor.
Vemos hoje uma violência desmedida e pais que dizem que não mandam “mais” nos filhos. Isto aos 4 ou 5 anos de idade. Os filhos podem “querer” e o papel dos pais é lhes satisfazer os desejos. São reféns ou ausentes. Não se prepararam para a tarefa de “criar” os filhos.
Por outro lado, a escola, que é pressionada pela sociedade e pelo próprio governo a “resolver” o problema. Aceita e cala as situações de violência, de falta de material didático, de ausência da família. Professores são formados às baciadas em cursos de Licenciatura, que por serem os mais baratos, carregam consigo inúmeros profissionais que não tem o perfil para ser professor.
Não é aumentando a verba, ou o número de avaliações que se mudará a situação educacional brasileira, que vai muito além da alfabetização.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Apresentação

Caros colegas educadores,

Estamos iniciando nossos trabalhos nesse blog. Nosso objetivo maior é divulgar os "truques" que diariamente fazemos para efetivar a aprendizagem de nossos alunos. Essa forma de ensinar pode ser muito diferente entre um professor e outro, e aí vem o sobrenome do blog: "trocas". Então é isso: vamos compartilhar os projetos que deram certo, vamos falar das angústias, e da sensação, que acredito que nenhum outro profissional possa experimentar: a sensação de ver a mudança, a evolução daquele serzinho, que ao longo do ano letivo nos proporcionou tantos momentos ímpares.
Agradeço a visita. Volte sempre e traga os amigos!